Principais Atrações
Cachoeira da Fumaça: uma caminhada de uma hora e meia de subida forte a partir da Vila de Capão (a 68 km de Lençóis) nos leva à parte alta da cachoeira. De um mirante natural é possível contemplar um palco a 340 m de altura, onde a água da cachoeira parece dançar ao sabor do vento em um espetáculo sem igual.
Cachoeira da Primavera: de fácil acesso a pé pela trilha que leva ao Serrano, esta cachoeira oferece um banho refrescante. Localizada a 2 km da cidade de Lençóis (são 45 minutos de caminhada), a cachoeira da Primavera é o primeiro de uma série de espetáculos que a natureza local oferece. Com cerca de 6 metros de altura, formada pelo riacho Grisante, um afluente do Rio Lençóis, a Cachoeira Primavera é uma permanente, com água gelada e forte, ótima para massagear o corpo.
Caverna da Torrinha: descoberta em 1850, a caverna fica em uma propriedade particular em Iraquara, a cerca de duas horas de carro de Lençóis. É totalmente preservada e possui 3 roteiros. No primeiro, o visitante tem acesso apenas às formações básicas de caverna, como as estalactites e estalagmites. O segundo, com 1.500 m, não é aberto para visitação e abriga formações conhecidas como vulcão e a famosa agulha de gipsita. Já no terceiro, de cerca de 2 km, encontram-se o salão branco e as raras helictites com flor de aragonita na ponta.
Cachoeira do Buracão: próximo ao município de Ibicoara, este é um dos locais mais belos da Chapada que foi descoberto em 2001 por um pequeno grupo de turistas. Com mais de 100 metros de queda em forma circular e um impressionante cânion sinuoso, a cachoeira do Buracão é daqueles lugares de tirar o folêgo. Após a vista por cima da queda, é possível atravessar o cânion para ver a cachoeira por baixo.
Cachoeira do Sossego: faz parte do rio Ribeirão. A intensidade da trilha é forte e o caminho é pelas pedras no leito do rio (a 7 km de Lençóis). Há pontos interesssantes ao longo de todo o caminho, tais como antigas áreas de garimpo de diamantes, paredões com dobras geológicas interessantes, plantas e flores de variadas espécies. Ao final de um cânion estreito no rio Ribeirão está a primeira queda com cerca de 15 m e um belo poço de águas escuras, ótimo para um mergulho.
Gruta da Lapa Doce: em uma travessia de 1 km por dentro da gruta, pode-se observar uma grande quantidade de formações como estalactites, estalagmites, cortinas, etc (a 70 km de Lençóis). Diferencia-se da maioria das cavernas da região por ser ampla, arejada e quase toda plana. De suas formações destacam-se os lagos de travertinos, as cortinas, as asas de anjo e o lustre, bem como um rio que deságua na Pratinha.
Gruta da Pratinha: uma enorme piscina natural de águas cristalinas convida o visitante a um mergulho. Para os mais aventureiros, pode ser realizada uma flutuação dentro da gruta para observação das formações e dos peixes, num percurso de cerca de 340m. O local dispõe de uma boa infra-estrutura de apoio com bar, restaurante e sanitários, além do aluguel de equipamentos para mergulho.
Gruta do Lapão: nesta caverna de quartzito, material mais duro e resistente à erosão da água do que a rocha calcária, é possível fazer uma travessia de 900 m em seu interior. Localizada a cerca de 4.5 Km de Lençóis, foi explorada pelos garimpeiros de 1845 a 1871 em busca de diamante e carbonato. É possível fazer rapel na boca da caverna, com aproximadamente 48m de altura, em negativo (sem o apoio dos pés).
Marimbus: espécie de pantanal em pleno sertão, um dos ecossistemas mais ricos da Chapada abriga muitas variedades de peixes, répteis e mamíferos de pequeno porte, além de inúmeras espécies de aves, que encontram neste ambiente condições ideais para reprodução. Acesso de carro até o Remanso e, a partir daí 2 horas de canoa pelo Rio Santo Antônio. Uma trilha leve nos leva ao rio Roncador, às cachoeiras e diferentes formações rochosas.
Morro do Pai Inácio: localizado a cerca de 30 km de Lençóis. São 400 m de trilha até o seu topo, que fica a 1.150 m acima do nível do mar. De lá, avista-se a Serra do Sincorá, a Serra da Bacia e a Serra da Chapadinha. O nome do morro deve-se a uma lenda existente na região, segundo a qual um escravo, Inácio, apaixonou-se pela esposa de um poderoso coronel. Quando ele descobriu o romance, mandou pistoleiros no seu encalço. Inácio foi encurralado no alto da montanha e, não tendo como escapar, saltou com a sombrinha da amada.
Poço Paraíso: vale a pena uma descida ao poço Halley ou poço Paraíso (nome original). Formado pelo rio Lençóis e situado em um cânion, o rio desce por sobre o leito pedregoso e se espalha para o largo, formando o poço com cerca de 3 m de largura por 10 m de comprimento e profundidade máxima de 2 m. O local é excelente para banho e mergulho, inclusive para crianças. A água é gelada e de cor acobreada - como a maioria dos rios da chapada - por causa da grande quantidade de material orgânico que a correnteza traz das nascentes.
Poço Azul: localizado em um sítio em Nova Redenção, a cerca de 110 km de Lençóis, o poço tem 80 metros de extensão com duas cavernas de 20 m2, semelhante ao Poço Encantado, porém menor. A vantagem deste é que é permitido praticar a flutuação na parte da frente do poço, delimitada por cordas. As formações rochosas podem ser observadas com extrema nitidez, dando a sensação de se estar em outra dimensão.
Poço Encantado: um espetáculo da natureza durante todo o ano, especialmente no inverno, quando um raio de sol incide por uma abertura no alto da gruta e o ilumina, deixando suas águas ainda mais azuis. Possui 110 m de comprimento, 70 m de largura e 65 m de profundidade. Localiza-se em Itaité, a 44 km a sudeste de Andaraí. O acesso é feito por um trecho íngreme em que se tem de caminhar lentamente segurando-se em cordas e passando por uma longa escadaria até a boca da caverna.
Rampa do Caim: cerca de três horas caminhando para se chegar a um local que dá uma das vistas mais espetaculares do Vale do Pati e dos rios Paraguaçu e Preto, ambos com suas águas escuras. A trilha é boa e a chegada nem se fala, mas é preciso estar muito "zen" pra curtir a trilha. É preciso estar muito atento pois há muitas pedras soltas e escorregadias e um tombo ali não ia ajudar em nada. A chegada pede um ou mais minutos de silêncio.
Ribeirão do Meio: uma trilha moderada leva até o tobogã natural formado pela corredeira que desce sobre lages de pedras escorregadias e forma uma enorme piscina natural. Juntamente com a Cachoeira Primavera e Poço Halley ou Poço Paraíso, o atrativo faz parte do chamado “roteiro das cachoeiras”, a cerca de 4 km de Lençóis.
Rio Mucugezinho (Poço do Diabo): próximo a Lençóis, o rio de águas avermelhadas é formado por diversas quedas, sendo umas das maiores o Poço do Diabo, que é um bom lugar para nadar e tomar sol. Pequenas corredeiras servem ainda de hidromassagem. Na cachoeira em frente pratica-se o rapel e a tirolesa, e canyonning pelo leito do rio.
Ruínas de Igatu: um conjunto arquitetônico em ruínas de cerca de dois quilômetros quadrados. Elas estão a 12 km do município de Andaraí e são resquícios de uma cidade habitada por garimpeiros na exploração de diamantes. Igatu foi uma das mais ricas cidades mineradoras de diamantes da Bahia. A cidade era toda construída em pedras, e dona de muito luxo e prosperidade. Hoje, apenas pequenos camponeses vivem na região. A decadência veio no século XX, quando as minas se esvaziaram e os moradores passaram a deixar o local. Muitos moradores destruíram as ruas em busca de mais pedras preciosas. Hoje, restam apenas ruínas de um local esquecido, uma história em meio a vales profundos, chapadões e a mistura do verde ao cinza, marrom e rosa da secura do sertão.
Serrano: a descida é agora em busca do leito do rio Lençóis para um banho reconfortante, desta vez no Serrano. O local, de antigo garimpo, é um belvedere natural, de onde se descortina a cidade e o vale do rio São José que, mais adiante, se junta ao primeiro para desaguar no Paraguaçu. O nome Serrano originou-se dos primeiros garimpeiros da área, vindos da região serrana de Minas Gerais. A queda d´água tem aproximadamente 15 m de altura, dividida em várias quedas pequenas; a principal é conhecida como “sonrisal” porque cura qualquer ressaca. As rochas são de tonalidade rósea e incrustadas de seixos, lembrando painéis em mosaico. O Serrano fica a menos de um quilômetro de distância da cidade.
Trilha Morrão/ Fumaça: são 37 km num trekking de forte intensidade. O caminho é uma sucessão de paisagens fantásticas e selvagens: Serra do Veneno, Cachoeira Palmital, vales dos rios Capivara e Capivari, incontáveis cachoeiras, além do incrível visual da cachoeira da fumaça "por baixo". À parte alta da cachoeira é uma caminhada de uma hora e meia de subida forte a partir da Vila de Capão (a 68 km de Lençóis). De um mirante natural é possível contemplar um palco a 340 m de altura, onde a água da cachoeira parece dançar ao sabor do vento em um espetáculo sem igual.
Trilha Vale do Pati: uma das travessias mais famosas e bonitas do Brasil - são cerca de 45 km com belas paisagens dos Campos Gerais e o impressionante Cachoeirão, com várias quedas de 200 m de altura. Diferente da maior parte da Chapada Diamantina, que viveu a ascensão com a exploração diamantífera, o Vale do Pati experimentou o apogeu sócio-econômico com o cultivo de café. Daí a presença das famílias remanescentes dos antigos agricultores que hoje acolhem os turistas em pernoites e refeições típicas que acontecem dentro das suas casas.
Dicas
Imperdível: a Chapada Diamantina é um local muito procurado por aqueles que gostam de esportes de aventura (trekking, rapel, espeleologia, canyining, etc). Recomendamos passeios em Lençóis, Igatu, Mucugê e Andaraí.
Gastronomia: a culinária local apresenta influências dos hábitos de escravos e garimpeiros que viveram por lá nos séculos XVII e XVIII, respectivamente. Experimente o Godó de Banana (um ensopado de carne seca, quiabo e bananas); o Cortado de Palma (uma espécie de cacto cortado em pequenos pedaços, temperado e refogado) e o Angu à moda do Escravo (polenta com carne de porco picada e mamão verde).
Energia elétrica: 220 volts. As casas dos moradores que os turistas encontram durante o trekking não possuem luz elétrica.
Telefones: sistema ligado ao DDD e DDI pela Embratel, sendo possível efetuar chamadas automáticas a cobrar. Há sinal para telefonia celular.
Bancos: Turistas encontram agência do Banco do Brasil que opera para depósitos, saques e câmbio de moedas estrangeiras ou traveller checks.
Cuidados: os trekkings realizados no Parque Nacional exigem o acompanhamento de guias experientes e equipamentos adequados. Boa parte dos poços da Chapada tem águas escuras que dificultam a observação de pedras submersas. Assim, evite mergulhar de cabeça para não correr riscos de acidentes graves.
Melhor Época
A Chapada Diamantina possui clima agradável, embora nas regiões mais altas das serras o inverno seja rigoroso e apresente temperaturas baixas.
Entre os meses de Novembro e Março, as chuvas são abundantes e regulares - o que não chega a atrapalhar as saídas para os passeios e deixa os rios e as cachoeiras mais bonitas. Já no período de Abril a Outubro, o clima mais seco facilita as expedições de trekkings e caminhadas.
Para quem gosta de orquídeas, os meses de Fevereiro e Março são os mais indicados.